Acabei de ler um pouco do blog de uma mãe que tem uma história muito distinta da minha. Meu coração ficou apertado com sua história. E, como essa é a semana da educação especial, resolvi compartilhar com vocês mais um pouco da minha experiência.
Quando eu ainda estava procurando escolinha para a Bebel, estive no colégio aonde eu me formei. Não foi o colégio que eu estudei a vida inteira. Este, infelizmente, faliu e eu tive que ir para um outro praticamente no mesmo quarteirão.
Enfim, fui neste colégio pois achei que seria muito bem recebida lá. Não foi o que aconteceu. Cheguei com a Bebel para uma entrevista e a irmã começou a analisá-la. Ela não tinha um olhar especial para a Izabel. (Engraçado é que o colégio se diz inclusivo e lá estudam crianças com diversas necessidades especiais. Só que são maiores do que a Bebel)
Após a entrevista, a irmã pediu que eu retornasse lá daqui a dois ou três anos. Pois a Bebel ainda era muito novinha e a escola não tinha estrutura para recebê-la. Ok. Pelo menos eles foram sinceros. Antes recusar, do que aceitar a minha filha e não saber lidar com ela.
Continuei a minha busca. Não queria nada muito longe de casa. Não agora. Também não queria nada 100% voltado para crianças especiais. Afinal, quero ver a Bebel inserida na sociedade.
Conversando com uma mãe, acabei chegando na Edelweiss. Uma escolinha charmosa, localizada no coração de Ipanema.
Fui conhecer a escola sem a Bebel. Ao chegar lá, ví que uma das coordenadoras tinha trabalhado no colégio que eu estudei a vida inteira. Conversamos um pouco e ela começou a me mostrar a escolinha e apresentar à equipe. Todos muito atenciosos. No mesmo dia me reuni com a diretora e ela topou fazer uma experiência!
No dia seguinte fomos eu, minha mãe, Bebel e a Fabi (babá da Izabel) conhecer a escolinha. Bebel já se enturmou com os coleguinhas. Do jeitinho dela. Na semana seguinte, ela começou a frequentar as aulas.
A Edelweiss é uma escola que nunca recebeu uma criança com limitações motoras como as da Bebel. Eles tentam inserí-la em todas as atividades da turminha. A Fabi tem que ficar com ela o tempo todo para ajudar. Mas eles nunca colocaram nenhuma barreira para a minha filha. Pelo contrário.
É lógico que no momento certo, vou ter que mudar a Bebel de escola e colocá-la numa instituição um pouco mais especializada. Mas para essa fase de maternal e jardim, a Edelweiss está dando conta do recado. Educação especial é também aceitação e busca. E a Edelweiss tem feito isso pela minha filha!
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
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