domingo, 29 de agosto de 2010

Colhendo os frutos e descartando as abobrinhas

Só quem planta abóbora sabe a praga que é! De fato, não sei se o mesmo acontece com as abobrinhas e registro aqui a minha ignorância a respeito de seu cultivo, mas como já plantei abóbora em uma época que eu era fascinada por hortas e afins... sei o trabalho que dá! Confesso que certo dia, ao me deparar com aquela praga em volta do meu quintal e um bando de abóbora brotando quase que da terra, pedí para o caseiro podar tudo. Morte às abóboras. E, principalmente às abobrinhas.

Quanto aos frutos... Que possamos colhe-los maduros e saboreá-los vagarosamente...

Essa foi só uma forma metafórica de começar o post. Vamos ao que interessa:

Ontem, sabadão, fui com minha mãe na Tijuca, levar a Bebel para conhecer o outro lado do túnel. Brincadeira. Eu, Bebel e mamãe fomos de metrô resolver um pagamento. Bebel curte andar de metrô. Ri para as pessoas, tenta pegar, chutar, dar as mãos (...) Coisas de Bebel. Coisas de criança.

Todo mundo no metrô achava que a Bebel era filha da minha mãe e eu nem te conto o quanto eu estava adorando isso, para não dizer o contrário! Até que uma senhora ultrapassou os limites. Para mim, ultrapassou todos os limites do bom senso!

Ao perguntar quantos anos a Bebel tinha, surpreendeu-se quando eu respondí que ela tinha 2 anos: Ela é tão pequenininha. Tem algum problema de alimentação? Ela não mamou, né?

Eu respondi que ela não tinha mamado no seio. E a cara de pau afirmou: Bem que eu tinha notado que você não tem cara de que amamentou ela!

Respirei fundo, olhei dentro dos olhos dela e disse: Você não fala isso! Não sabe o que está dizendo! Está me julgando só por que tenho cara de novinha e porra louca? (Não precisava ter dito o porra louca, podia ter ficado só no novinha, mas me subiu tanto a cabeça que não consegui controlar meus pensamentos! Felizmente ou infelizmente, sou dessas...) Continuei: Minha filha nasceu morta. Ficou 3 meses internada! Eu não pude amamentar!

A mulher tentou se retratar, mas a merda já estava feita. Fiquei triste. Emburrada. Pensando em como as pessoas criticam as outras sem saber de nada, sem as conhecer, sem procurar entender qualquer coisa. Elas saem criticando cheias de sí. É foda!

Tudo bem. Amenizou. Resolví o que tinha pra resolver, estava com a minha mãe e com a minha filha. O que mais importava naquele momento?

Pois bem. Voltando para a zona sul, recebo uma ligação da Deise. A famosa Deise Jaffar, fonoaudióloga da Izabel, que já protagonizou alguns posts por aqui e deve soar familiar para os meus leitores.

Ela estava me ligando para saber da Bebel, dizer que estava com saudades e me informar que estava atendendo duas crianças que eu indiquei. Uma delas já estava em casa e a outra estava começando o tratamento.

Aquilo me fez um bem. Me fez ver que por um lado as pessoas criticam sem saber, por outro as pessoas que sabem agradecem, reconhecem, enobrecem. Essas mães me procuraram por e-mail, após ler o blog. Me contaram a situação de seus filhos e pediram o contato da Deise.Me pediram ajuda. Claro que fiz imediatamente. E elas estavam lá, juntas, lutando pela vitória de seus bebês!

O propósito do blog é exatamente esse! Compartilhar e orientar. É a única coisa que posso fazer por essas pessoas no momento. E está dando certo...

Realmente as coisas boas sempre superam as ruins. Uma pessoa que não me conhece me julgou mal, outra que me conhece bastante me agradeceu com lágrimas de felicidade! E por aí a vida vai, continua, segue seu curso como um rio...Dia após dia...

Um beijo e um abraço apertado para quem me conhece e para todos os que passam pelo "maedaizabel"!

Boa semana para nós (...)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Um breve para contar as novidades








A vida é tão corrida que às vezes não sobra tempo nem inspiração para escrever! Mas é quase uma obrigação para mim escrever (...) Afinal, como é que eu vou compartilhar a história da Izabel se não for por aqui?

Seguindo cronologicamente os fatos:

Na segunda-feira da semana passada a Bebel teve uma convulsão! Acordei de madrugada ouvindo sua respiração ofegante e quando olhei para o lado ela não estava nada bem! A metade direita de seu corpo estava em choque muito provavel que tenha havido um curto na metade esquerda de seu cérebro! O que me assustou foi não ter nenhum motivo aparente, mas com o tempo venho percebendo que o motivo aparente para uma criança com lesão cerebral ter uma convulsão é o simples fato dela ter uma lesão cerebral. E ponto.

Corrí, peguei o s.o.s. e depois de 30 minutos conseguimos conter a convulsão. Ela descansou e ficou bem. Só permaneceu um pouco tristinha por aluguns dias. O que é normal após uma descarga elétrica daquelas.

Vida que segue.

E a semana seguiu como a vida. Até que na sexta-feira de manhã a minha casa se transformou em um verdadeiro centro de reabilitação! Organizei junto com outros pais um intensivão do MEDEK - aquele método de fisioterapia que a Bebel fez em maio em SP e deu super certo!

Era um tal de chegar criança e sair criança que eu fiquei até um pouco maluca! Nem eram tantas crianças assim, mas como é intensivo, cada uma delas faz 2 sessões por dia com intervalo de 4 horas, por isso o entra e sai...

Foi muito bom, apesar da Bebel só ter feito 3 dias (o programado era ela fazer 5). Só deconhecer esses pais e essas crianças, saber suas histórias, diferenças e semelhandças. Cresci muito e aprendi muito nesses dias. Amo essas crianças e suas famílias.

A Renata (fisioterapeuta) gostou muito de ver coo a Bebel não perdeu nada do que adquiriu em SP. Parece que ela continuou de onde tinha parado. Num exercício de equilíbrio, força e sustentação, onde ela fica suspensa numa tábua, em SP o máximo de tempo que ela tinha aguentado foi 1 minuto e pouco. Aqui ela chegou a minutos. Muito linda e sorridente. Adorando o que estava fazendo!

Ela só fez 3 dias de MEDEK, porque na segunda-feira, dia 16, tinha sido marcada a cirurgia do estrabismo. Então, poder ordem de prioridade, ela interrompeu a terapia para fazer a cirurgia. Correu tudo bem! Ela está mais linda ainda!

É sempre uma preocupação ver um filho entrar num centro cirúrgico. Mas graças a Deus deu tudo certo! Ela tomou anestesia geral e 2 locais, uma em cada olho. O olho direito ficou bem rxinho por conta da anestesia local, mas tudo bem. Já está passando.

Impressionante como ela ficou mais levada! Parece que está focando mais as coisas, quer tudo!! Uma loucura!

É isso! Vida que segue e segue, sempre!