quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Reflexões: Semana da Educação Especial

Acabei de ler um pouco do blog de uma mãe que tem uma história muito distinta da minha. Meu coração ficou apertado com sua história. E, como essa é a semana da educação especial, resolvi compartilhar com vocês mais um pouco da minha experiência.

Quando eu ainda estava procurando escolinha para a Bebel, estive no colégio aonde eu me formei. Não foi o colégio que eu estudei a vida inteira. Este, infelizmente, faliu e eu tive que ir para um outro praticamente no mesmo quarteirão.

Enfim, fui neste colégio pois achei que seria muito bem recebida lá. Não foi o que aconteceu. Cheguei com a Bebel para uma entrevista e a irmã começou a analisá-la. Ela não tinha um olhar especial para a Izabel. (Engraçado é que o colégio se diz inclusivo e lá estudam crianças com diversas necessidades especiais. Só que são maiores do que a Bebel)

Após a entrevista, a irmã pediu que eu retornasse lá daqui a dois ou três anos. Pois a Bebel ainda era muito novinha e a escola não tinha estrutura para recebê-la. Ok. Pelo menos eles foram sinceros. Antes recusar, do que aceitar a minha filha e não saber lidar com ela.

Continuei a minha busca. Não queria nada muito longe de casa. Não agora. Também não queria nada 100% voltado para crianças especiais. Afinal, quero ver a Bebel inserida na sociedade.

Conversando com uma mãe, acabei chegando na Edelweiss. Uma escolinha charmosa, localizada no coração de Ipanema.

Fui conhecer a escola sem a Bebel. Ao chegar lá, ví que uma das coordenadoras tinha trabalhado no colégio que eu estudei a vida inteira. Conversamos um pouco e ela começou a me mostrar a escolinha e apresentar à equipe. Todos muito atenciosos. No mesmo dia me reuni com a diretora e ela topou fazer uma experiência!

No dia seguinte fomos eu, minha mãe, Bebel e a Fabi (babá da Izabel) conhecer a escolinha. Bebel já se enturmou com os coleguinhas. Do jeitinho dela. Na semana seguinte, ela começou a frequentar as aulas.

A Edelweiss é uma escola que nunca recebeu uma criança com limitações motoras como as da Bebel. Eles tentam inserí-la em todas as atividades da turminha. A Fabi tem que ficar com ela o tempo todo para ajudar. Mas eles nunca colocaram nenhuma barreira para a minha filha. Pelo contrário.

É lógico que no momento certo, vou ter que mudar a Bebel de escola e colocá-la numa instituição um pouco mais especializada. Mas para essa fase de maternal e jardim, a Edelweiss está dando conta do recado. Educação especial é também aceitação e busca. E a Edelweiss tem feito isso pela minha filha!