quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Experimentar o experimental...

Aproveitando a maré alta da Bebel, resolvi ter a brilhante ideia de levá-la com o andador para a praia. Areia, água do mar, farofa. Tudo que eu e ela mais amamos. Bagunça! E nessa baguncinha boa nós vamos orientando a Bel, fortalecendo os músculos, criando e alimentando novas conexões... No cérebro, no corpo e na alma.

A perninha dela até tremia de tanto esforço e quando eu dizia para ela me olhar enquanto eu mergulhava, ela permanecia durinha e morria de rir. Tudo isso na beirinha da água.

Não sei se o andador que temos é o mais indicado para ela atualmente. Ele quebra um galho, mas seguindo as indicações da mamãe Adriana, acho que vou testar outros modelos que podem trazer maiores benefícios para a pequena.

Temos aproveitado os novos horários da Bel para passear, ir à praia e viver a vida. Que já é tão preenchida pelas terapias e estimulações precoces. Por mais que surja uma febrinha ou outra no meio das nossas estripulias, pretendo continuar com esse ritmo de "vida social" que a Bel andou tão privada nos últimos meses. Afinal de contas, o momento da escolinha está realmente chegando. E possivelmente os horários ficarão mais apertados ainda. Então, por enquanto, vamos aproveitar!

Abaixo, além das fotos, deixo um trecho do Wally Salomão, poeta e ativista cultural, que eu curto muito e acho que tem tudo a ver com as ideias que deixamos brotar nas nossas cabecinhas. 


Experimentar o experimental
    A fala da favela.
    O nódulo decisivo nunca deixou de ser o ânimo de plasmar uma linguagem, convite para uma viagem.
    E agora, quer dizer, o que é que eu sou?
    Meu nome é Wally Salomão, um nome árabe, Wally Dias Salomão.
    Nasci numa pequena cidade da caatinga baiana, do sertão baiano.
    Filho de pai árabe e uma sertaneja baiana…
    “A memória é uma ilha de edição… a memória é uma ilha de edição…”
    Nasci sobe um teto sossegado, meu sonho era um pequenino sonho meu.
    Na ciência dos cuidados fui treinado, agora, entre o meu ser e o ser alheio, a linha de fronteira se rompeu, a linha de fronteira de rompeu!
  Câmara de Éter.
    “Eu tenho um pé no chão, porque eu sou de virgem, mas a cabeça, eu gosto que avõe
    Incorporo a revolta, dança do intelecto e ação dionisíaca.
    Obsessiva ideia de fundar uma nova ordem frente às categorias exauridas da arte e a indignação da rebeldia ética,a quase catatonia do quase cinema e o júbilo epifânico do Édem…
    Samba, o dono do corpo.
    Expressão musical das etnias negras ou mestiças no quadro da vida urbana brasileira.
    É, vamos inventar: “era uma vez…”




quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Mulher de fases

"Tenho fases como a Lua
Fases de andar escondido
Fases de ir para a rua
Fases que vão e vem ..."

Li esse poema no colégio e ficou na memória. Todo mundo é "complicado e perfeitinho" todo mundo é de fases como a lua.
Essa maternidade tão especial exacerba ainda mais essas fases. O momento crítico é realmente crítico, como no fundo do poço. Mas por outro lado, as épocas de virtudes são esplendorosas de tirar o fôlego. São quase inacreditáveis...

Pois bem, depois de um final de ano complicado recheado de otites, sinusites e duas pneumonias, estamos vivendo o esplendor novamente. Claro, há várias hipóteses e o famoso "todo" colabora muito para essa melhora.

Além da "bichinha" estar fazendo entre três e quatro sessões de terapia por dia, incluímos a fisioterapia respiratória como a única atividade diária. Aquela que ela faz todos os dias e alguns dias faz até mais de uma sessão. É super cansativo, mas estamos vendo muito resultado, principalmente depois que o Professor Farley entrou com sua super ginástica respiratória. Benza Deus! Não sei quem fica mais cansado: a Bebel, o Farley ou nós que assistimos a sessão.

No decorrer dessas pneumonias a Bel acabou tendo que fazer tratamento respiratório com corticoide e um dos efeitos colaterais deste santo "vilão" (santo porque remedia inúmeras doenças e vilão porque que não falta é efeito colateral para dar) é a hiperatividade. E com uma semana de tratamento a minha bichinha acabou trocando o dia pela noite. Na verdade, ela acabou virando uma "corujinha" e estava indo dormir todos os dias por volta das 5, 6 horas da manhã.

Esse fator específico me levou a procurar uma outra opinião neurológica e nós conhecemos a Dra Priscila. Uma fofa! Ela é neurofisiatra e além de examinar a Izabel toda, iniciou uma pesquisa de hipóteses para o quadro respiratório da pequena. Vale ressaltar que: no final do ano passado fizemos investigação com pneumologista, fomos na infecto e fizemos um check up completo da baby Bel.

Saímos da consulta com a Dra Priscila com recomendações de dar uma parada na estimulação oral com alimento da Bel e um remedinho para ela dormir melhor. Desde então não houve mais febre e a princesa está num crescente só de conquistas...

Não sabemos se ela estava micro aspirando a comida, se a intensificação da respiratória ajudou a melhorar o quadro ou se, simplesmente, a virose foi embora e com a melhora da tonicidade muscular ela não está mais acumulando tanta secreção. Não importa. O que importa é que ela está ótima! Na verdade, pode ser tudojuntoemisturado. Porque este universo especial é feito de ambivalências e de aglomerações. Quanto mais melhor, devagar e sempre!

Um recadinho especial para minha filhota:
Filha, a mamãe Bruna está do seu lado sempre! Desde as lutas mais difíceis até as mais belas conquistas. Você é meu pedacinho de céu, o amor da minha vida, minha princesa linda encantada. Você é a sabedoria alegre, meu grão, meu chão! Te amo... E vamos pra folia, porque é Carnaval !!! E nos últimos dois anos você quase não viu folia pois estava doente.


p.s.: percebi hoje que sempre escrevo os textos no plural: incluímos, percebemos... Engraçado, pois falo de coisas que eu resolvo e dou apenas o meu ponto de vista aqui. Mas como nunca (ou será que sempre?) estamos sozinhos mesmo, melhor deixar no plural....